Petrolina PE – Famílias de Agricultores Reocupam Terras do Projeto de Irrigação Pontal e Resistem a Ação da Polícia


Neste momento o clima é tenso no Projeto de Irrigação Pontal no município de Petrolina. Famílias de agricultores voltaram a ocupar os lotes. A ocupação de acordo com os agricultores é uma resposta contra a lista que consta o nome da esposa do prefeito Miguel Coelho e de parentes de vereadores de Petrolina e empresários.

O nome dos participantes classificados na primeira fase do edital 35/2017 constam na lista da Codevasf. A família da esposa do prefeito Miguel Coelho já enviou uma nota a imprensa e desistiu de continuar na concorrência do edital.

O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra-MST, Florisvaldo Araújo, declarou a este blog que, que "a reocupação do pontal tem vários objetivos, entre eles, a garantia de que essa terra com mais de 30 mil hectares possa servir para produção de alimentos produzidos pelos trabalhadores e trabalhadoras sem terra do Vale do São Francisco".

"A reocupação é também para retomar o debate do Pontal e impedir que a terra seja entregue de mão de quem não precisa", avaliou Florisvaldo.

"Terra não é mercadoria, nós vamos lutar e queremos reabrir esse debate. A sociedade de Petrolina já entendeu que essa lista não está correta, atende a famílias, a grupos empresariais e politicos de Petrolina, em vez de atender aos trabalhadores e trabalhadoras que residem nessa área”, protestou.

”Terra não é mercadoria, nós vamos lutar contra isso, queremos reabrir esse debate. A sociedade de Petrolina já entendeu que essa licitação que está correta, atende a famílias, a grupos empresariais e políticos de Petrolina, em vez de atender aos trabalhadores e trabalhadoras que residem nessa área”, protestou coordenador do MST.

No início desse mês, as Polícias Federal, Rodoviária Federal e Militar cumpriram dois mandados de reintegração de posse do Projeto Pontal. De acordo com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), que moveu a ação judicial, famílias do Movimento Sem-Terra (MST) ocupavam o local ilegalmente, desde 2014, onde montaram dois acampamentos, o Dom Tomás e o Democracia.

Segundo a Codevasf, os integrantes do MST, utilizavam água e energia, captadas irregularmente do canal de irrigação, sem pagar pelo serviço. A justiça tinha determinado que as famílias desocupassem os locais até dia 28 de fevereiro deste ano, o que não aconteceu.

A polícia já foi deslocada para a área do Projeto de Irrigação Pontal. A assessoria de imprensa da Codevasf até o momento não se manifestou sobre a reocupação das terras.

2 comentários:

  1. A Polícia Federal tem que investigar os critérios dos selecionados que é uma vergonha. O pequeno agricultor tem direito a terra para plantar.

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  2. Verdade.nenhun que esta na lista ficou noite e dia pra se escrever.

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